Energia Mental - Acervo Koatay 108

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Energia Mental

               
      O estudo da mente e da energia mental se perde no passado distante.
      A primeira teoria foi estabelecida pelos hindus, séculos antes de Cristo, afirmando que a mente não era o cerne da personalidade humana mas, sim, instrumento dela. A alma – atman – seria o EU real, tendo a mente como sua ligação com o mundo físico, estando sujeita à ilusão dos sentidos. Para libertar a mente dessas ilusões sensoriais foram ensinadas várias formas no Bhagavad Gita.
      Na época de Moisés eram considerados o coração como centro da razão e os rins a base dos sentimentos, sendo a mente mortal mas pairando em um plano onde, após a morte do corpo físico, poderia ser consultada.
      Com os sábios da Grécia antiga, novas teorias surgiram: Platão dizia ser a mente a sede da razão, o coração o projetor das emoções e as vísceras a sede dos instintos; Aristóteles afirmava que a alma não era apenas a mente mas sim o próprio princípio vital.
      Após Jesus e até fins da Idade Média, foi a idéia predominante da mente mortal. No Renascimento, no Século XVII, Descartes estabeleceu uma distinção entre mente e matéria: “Matéria é substância com extensão espacial, mas não pensa. Mente é substância que pensa, mas não possui extensão material”. Descartes situou na glândula pineal o centro da mente.
      Somente em 1810 o anatomista alemão T. Gall identificou regiões do cérebro que eram responsáveis por atividades mentais, iniciando-se grande número de pesquisas e descobertas, especialmente dos neurônios, que progridem até os dias atuais.
O psiquiatra Augusto Cury desenvolveu uma nova teoria psicológica e filosófica, a qual denominou inteligência multifocal, que estuda cinco grandes áreas do funcionamento da mente:
  • O processo de construção de pensamentos;
  • O processo de organização da consciência existencial e da estruturação do Eu;
  • Os papéis conscientes e inconscientes da memória e a formação da história intrapsíquica;
  • O processo de transformação da emoção; e
  • O processo de interpretação e de formação de pensadores.
      De acordo com sua natureza, os pensamentos geram benefícios ou malefícios ao organismo. É difícil, por vezes, podermos avaliar a natureza de uma função mental: por exemplo, como distinguir se uma pessoa que aparenta ser humilde é portadora da humildade genuína (positiva) ou pela falta de confiança (negativa)?
      Pensamentos negativos, de inveja, maldade, ciúme, medo ou ódio afetam as funções normais do organismo, influem sobre secreções e envenenam todo o ser, provocando doenças. Pensamentos positivos, de alegria, caridade, saúde e bondade proporcionam bem-estar e saúde a quem os tem.
      Mais recentemente, em meados dos anos 90, foi descoberta cientificamente uma função espiritual do cérebro (VEJA: Inteligência espiritual).
      Desde a pré-história o Homem vem desenvolvendo seu cérebro em função dos desafios para sua sobrevivência, sendo seu progresso determinado por dois mecanismos de vital importância para o ser humano: atenção e emoção.
      Segundo a Linha Indiana, um Homem não enxerga pelos olhos de outro, nem ouve pelos ouvidos de outro, nem compreende pelo cérebro de outro. Na verdade, cada ser humano tem dons, poderes e responsabilidades individuais, concedidos pela divindade. Assim, cada um depende de seu próprio raciocínio e julgamento.
      As palavras mente e pensamento têm amplo significado, mas na Doutrina do Amanhecer representam um campo de energias concentradas a que denominamos energia mental, tendo como principal função organizar o tecido perispiritual do Homem, organizando suas idéias, originando, equilibrando e direcionando suas projeções e as formas-pensamentos que emite, podendo até mesmo serem materializadas, formando imagens vivas de suas emoções e de seus sentimentos, estabelecendo seu padrão vibratório, constituindo-se no centro diretor e regulador de todas as suas ações e reações, tendo sua força e intensidade influenciadas pelo nível de evangelização alcançada pelo indivíduo, uma vez que nossa mente é permanentemente impregnada pela Força Mental Divina.
      Emitindo ondas em freqüência extremamente baixa (ELF), pode a mente humana entrar em contato com outras pessoas e até mesmo com animais, sem que seja conscientemente percebida, permitindo a “visão mental”.
      O Homem precisa formar conceitos corretos do mundo que o cerca, sem considerar o que gosta e o que não gosta, buscando chegar a um juízo o mais próximo possível da realidade, esforçando-se para purificar seus pensamentos, buscando o porquê das coisas, não se deixando levar por simpatias ou antipatias, formando o seu banco de dados, a sua memória, na certeza de que se torna aquilo em que pensa.
      Essa situação é de tal importância por ser o espírito o resultado da sua estrutura mental, isto é, apresenta sua ação e sua forma de acordo com seu pensamento e, após seu desencarne, é levado para hospitais a fim de recuperar-se de estados de completa animalidade ou de monstruosidade nos casos de existências terríveis neste plano físico.
De acordo com a experiência consciente temos dois grupos de percepção mental:
  • SUBJETIVO – pensamentos, sentimentos e intuições;
  • e OBJETIVO – sensações.
      Quando classificou o Homem como Homo sapiens – Homem sábio – Henri Berson, filósofo francês, considerou que havia uma considerável diferença entre o Homem e a maioria dos animais comuns, compreendendo 12 propriedades psicológicas: abstração, percepção intelectual, reflexão, consciência de si mesmo, memória racional, julgamento, síntese e indução intelectual, raciocínio, intuição intelectual, emoções e sentimentos superiores, linguagem racional e a imposição da vontade.
A mente humana se estrutura em quatro bases:
  • hiperconsciente – a memória do espírito, sabendo toda a trajetória através das várias encarnações, que é isolada durante o sono cultural, cuja sede é a glândula pineal;
  • consciente – o mecanismo abstrato da mente que registra o que acontece a nós mesmos e em torno de nós, nos dando a capacidade de ver, ouvir e sentir o que se passa ao nosso redor, com maior ou menor grau de análise, dependendo de uma pessoa para outra, conforme o equilíbrio da mente e na proporção direta da responsabilidade assumida perante a vida, designando o conhecimento de nossos próprios pensamentos e ações, e, também, nossos estados internos no exato momento em que são vividos, podendo ser direta – ou expontânea – quando consiste na simples advertência ou percepção imediata dos fatos, coisas e ações presentes; e indireta – ou reflexiva – quando direcionamos a atenção para nossas próprias ações;
  • inconsciente – que faz a ligação entre a memória existente no hiperconsciente com o consciente, praticamente influenciando todo o nosso processo evolutivo e sendo filtrado pelo aperfeiçoamento do espírito pelo desempenho nos trabalhos doutrinários e, especialmente, na prática da caridade, e também pode se manifestar de forma coletiva, através dos mitos; e
  • subconsciente – que filtra e guarda tudo que vivenciamos nesta encarnação e que precisa ser avaliado e atualizado de modo a evitar sua saturação e conseqüente distorção de informações passadas ao consciente.
      O campo energético da mente é limitado em torno de uma densa massa, nuclear, o “EU” ao redor da qual os mecanismos psicológicos giram como partículas atômicas, instrumentos da vida mental que têm diversas naturezas, indo do sistema sensorial até à capacidade de abstração. Seu funcionamento é pulsativo ao redor de seu núcleo, recebendo e transmitindo impulsos de diferentes padrões vibratórios, obedecendo à sintonia em que é colocada pela vontade – a sintonia mental, e pelo que recebe através da percepção.
      A percepção é a tomada do conhecimento sensorial, que identifica um estímulo originado por uma sensação. Os sentidos nos enviam impressões que a mente interpreta e analisa de acordo com a visão interna que o conhecimento alcança.
      Assim, a percepção é a conscientização, através do raciocínio, de objetos, pessoas, atos e acontecimentos, que a pessoa faz a assimilação, correlação e associação em sua mente.
      A percepção é feita pelo questionamento de um determinado fato, em que o captamos sob os conceitos de tempo-espaço (onde e quando), causa e efeito (porquê e para quê), qualidade e quantidade (o quê e quanto) e o caminho e agentes (como e de que modo).
      Mas isso é muito dificultado por ser a percepção uma característica de cada indivíduo, sendo influenciada pela atenção, afetividade, instintos naturais, formação intelectual e intencionalidade, no plexo físico, e pela mediunidade e bagagem transcendental do espírito.
      Existe, também, a projeção, processo mental pelo qual o EU se defende da culpa ou dos fracassos, rejeitados como sendo de iniciativa do próprio indivíduo, e pelo qual atribui a outros os próprios desejos e tendências inconscientes, qualidades, defeitos e faltas.
      Segundo a Ciência, a porta de entrada do cérebro é o tálamo, núcleos de substância cinzenta que limitam, de cada lado, o encéfalo.
      Os olhos – importantes pontos de emissão e recepção – são uma espécie de extensão do encéfalo e suas únicas partes visíveis ao mundo exterior, fazendo contínua transmissão de imagens ao córtex visual, localizado na superfície do encéfalo.
      Segundo o filósofo chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não têm por função pensar, e estão sujeitos a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar é função da mente, que pode também ser turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades para a livre expressão do pensamento.”
      O que o Homem não percebe, é como se não existisse para ele, mas nem por isso deixa de existir para outras pessoas com maior sensibilidade de percepção. É, pois, a percepção a faculdade de perceber, ou seja, adquirir conhecimento por meio dos sentidos e entender, compreender o mundo à sua volta com base na inteligência.
      Na nossa Corrente, seu mais importante aspecto é dar ao médium sua conscientização e sua capacidade de filtrar as comunicações, só dizendo o que doutrinariamente lhe é permitido. Pela percepção, o médium descortina toda a extensão de um fenômeno, de uma visão ou de uma comunicação, nos seus mínimos detalhes, e não pode fazer, senão parcialmente, a transmissão desse conhecimento por causa das conseqüências que podem advir, principalmente conflitos.
      O pensamento é a mais elevada expressão da energia mental, pois ele tem seu campo energético impregnado e magnetizado positiva ou negativamente por nossas boas e más emoções e por nossos sentimentos, elevados ou não.
      Devemos nos cuidar para não sermos atrapalhados pelos preconceitos. O preconceito é uma das mais graves deformações da energia mental, pois forma uma idéia ou conceito por antecipação, sem avaliação ou conhecimento dos fatos ou ações, envolvendo um julgamento falso porque baseado na ignorância de qualquer contestação ou esclarecimento que contrarie a opinião formada. São os preconceitos implantados na mente do Homem por uma série de fatores, principalmente pela educação religiosa e familiar, além do meio social em que vive a pessoa.
      Os preconceitos levam à intolerância, ao ódio irracional, à aversão a idéias, filosofias, outras raças, doutrinas, enfim formando a base do fanatismo, tão prejudicial ao Homem e à sociedade pelas perturbações que provocou, sempre, na nossa jornada na Terra.
      Pensar significa dar forma e dirigir todas as energias da mente para algum objetivo e assim determinar o rumo de nossa vida. Através dos pensamentos podemos emitir projeções de vibrações luminosas que vão alterar os padrões de outras formas de energias, podendo transformá-las de negativas em positivas, influenciando todo o campo vibratório de um espírito. Pode ocorrer, também, como tudo quanto temos, que um pensamento tenha emissão de baixo padrão, e, neste caso, o efeito pode ser contrário: transformar um padrão positivo ou neutro em negativo. (VEJA: Inteligência espiritual)
      Por isso, pensamentos puros e elevados preservam nosso equilíbrio e o daqueles que estão ao nosso redor, onde quer que estejamos, o que faz com que nossos Mentores possam estar junto a nós, trabalhando com nossos irmãos encarnados e desencarnados que necessitem auxílio.
      Por estar ligada diretamente às esferas do centro coronário, através do plexo e dos chakras, a energia mental – ou energia psíquica – tem profunda influência na aura e por ela emitimos nosso padrão vibratório, dentro da Lei do Retorno: se emitirmos o Bem, nossa aura iluminada recebe, de volta, carga positiva e harmonizadora; se emitirmos o Mal, recebemos, de volta, negatividade e desarmonia, tudo com a mesma intensidade, exceto, como nos advertiu Koatay 108, quando estamos de indumentária. Neste caso, recebemos o dobro do que emitimos, de bom ou de ruim.
      Existe uma importante ligação entre a energia mental e o plexo físico, que determina condições físicas a partir de moléculas geradas no cérebro e que atuam no nosso sistema imunológico. Estas substâncias são conhecidas cientificamente como peptídios, já tendo sido classificadas mais de sessenta tipos, entre elas as endorfinas, colecistoquinina ACTH, substância P, encefalinas, interleucinas e interferon, que agem como transformadores de sentimentos em matéria ativa, fazendo a ligação entre a alma e o corpo.
São conhecidas algumas outras substâncias químicas cerebrais:
  • aspartato e glutamato (neurotransmissores excitatórios);
  • ácido gama-aminobutírico (neurotransmissor inibidor, mais importante no cérebro);
  • glicina (neurotransmissor inibidor, mais importante na medula espinhal);
  • acetilcolina (excitação lenta, importante na memória);
  • norepinefrina e dopamina (relacionadas com o estado de vigília e a atividade motora);
  • serotonina (relacionada com o sono, estado de ânimo, apetite e dor).
      Isso faz com que a vontade de viver se sobreponha à doença, fazendo com que o Homem consiga vencer doenças graves ou consideradas incuráveis ou terminais com a força de seu pensamento positivo, de sua fé e da sua vontade de viver.
      A vida está cheia de ameaças e desafios, mas com o conhecimento e a fé podemos passar por tudo de forma tranqüila e segura. Esta força faz com que algumas substâncias que, segundo a Ciência, não têm qualquer valor ou ação farmacêutica, chamadas placebos, passem a ter uma ação inexplicável em diversas situações. Na verdade, elas são simples agentes de nossa energia mental, impregnadas pelas vibrações positivas, que agem efetivamente na redução e cura de numerosas doenças, sem que a Medicina saiba como funcionam. Pela energia mental, acionamos nosso sistema imunológico e geramos substâncias que levam à cura, da mesma forma com que cicatrizam ferimentos e confinam a ação de bactérias e vírus diversos, que ficam incubados, aguardando uma fraqueza orgânica – ou vibracional – para atuarem.
      O Código Internacional de Doenças, em sua décima edição (CID 10), tem em seu capítulo V, que trata dos transtornos mentais e comportamentais, 99 subtítulos, entre os quais podemos encontrar transtornos mentais orgânicos; os devido ao uso de substâncias psicoativas; as esquizofrenias; transtornos de personalidade; demências; e os mais comuns, transtornos do humor, variando da depressão à euforia, nem sempre com o acompanhamento de sintomas psicóticos, e que, no passado, eram catalogados sob um rótulo geral de psicose maníaco-depressiva. A maioria desses casos de psicose não tem resposta ao tratamento fisiológico da Medicina, e devem ser cuidados integrados para que se obtenham melhores resultados com o tratamento integrado, envolvendo ações que utilizam meios médicos, psicoterápicos, ocupacionais, familiares, energéticos e, de forma muito orientada, espirituais, na certeza de que tais transtornos, de modo geral, são a soma dos nossos registros em outras reencarnações, trazendo as marcas da personalidade boa ou má que sofreu pelo retorno de suas ações transcendentais, sob o peso do ódio e da culpa, que caracterizam um sofrido quadro de auto-obsessão.
      Em numerosos casos de distúrbios cerebrais, os fatores incidentes vêm desde a infância. Alguns são por causa de infecções do sistema nervoso central, meningite, encefalia, falta de oxigenação cerebral (anóxia) e epilepsia. São os seguintes os principais distúrbios neurológicos a serem observados nas crianças:
  • DISCALCULIA – Dificuldade em compreender e manipular números e, consequentemente, efetuar operações matemáticas;
  • DISGRAFIA – Atraso no desenvolvimento da escrita, com letras garranchadas, letra feia e quase ilegíveis, números mal feitos, causando erros ortográficos;
  • DISLEXIA – Incapacidade parcial de ler e entender o que leu, embora tenha audição, visão e inteligência normais. A criança troca as letras, por vezes não distingue a direita da esquerda. Trata-se de disfunção neurológica hereditária e não uma doença, que atinge mais os homens que as mulheres;
  • DISORTOGRAFIA – Falta de habilidade na linguagem escrita, com confusões de letras e sílabas e trocas ortográficas;
  • L TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção) – É um fato neurobiológico genético, que inicia na infância e fica por toda a vida, provocando alterações: hiperatividade, impulsividade e desatenção.
      Assim, os pais devem observar possíveis sinais da presença de algum transtorno neurológico na criança, que, comumente, são: desmotivação, irritabilidade, nervosismo, perda do controle emocional, choro, dores de cabeça sem motivo aparente, falta de atenção (na escola ou fora dela) e baixo rendimento contínuo, mesmo com dedicação da criança. Um neurologista deve ser consultado para avaliar a existência de algum distúrbio.
      Temos que nos amar, amar a vida, sentir a beleza do Universo, nos harmonizarmos com ele, fazer a prática da caridade, com o que melhor temos em nós, para ajudar aos nossos irmãos, encarnados e desencarnados, para podermos ter o merecimento de receber a ajuda de nossos grandiosos Mentores através de nossos chakras, potencializando em nossa mente toda essa força e projetando em nosso corpo a cura vibracional, com base na certeza de que estamos nesta vida física em busca do encontro de nosso verdadeiro EU, num período transitório que faz parte do conjunto da Vida Eterna e é nebuloso pelos nossos erros e enganos na caminhada evolutiva.
      Quando nos revoltamos ou nos desequilibramos quando nos é dado um diagnóstico de um mal grave, temos ampliada a gravidade da doença pela nossa postura mental. Temos que reagir, temos que mandar uma mensagem de vida e resistência a cada célula de nosso corpo. Sem isso, nosso sistema imunológico fica debilitado, causando desde resfriados prolongados, alergias, asma, lúpus, artrite reumatóide, diabetes e esclerose múltipla, à dificuldade de se defender de células cancerosas e de AIDS.
      Não podemos abrir a guarda de nosso corpo pela debilidade da nossa energia mental. Temos que manter a nossa vontade de viver, de resistir, ampliando o nosso padrão vibracional, de modo que, se manifestada alguma doença, possamos atacá-la com todo o poder de recuperação de que dispomos.
      Todo esse poder, toda a esperança de nossa vida melhorar, está dentro de nós, e a Doutrina nos ensina como desenvolvê-lo, na dedicação na Lei do Auxílio.
      Os campos vibracionais da alma e do corpo são mais lentos do que o campo vibracional em que se situa o pensamento. Por isso sempre estamos agindo em função do que já pensamos anteriormente à nossa ação, mesmo que, no momento da ação, não estejamos pensando naquilo que estamos fazendo.
      A energia mental age e reage no cérebro, por onde mantemos nossa relação com o Universo, sendo influenciada e influenciando os fatores de existência do Homem, tais como tempo, espaço dimensionado em bases simétricas, grau de evolução e fatores cármicos transcendentais.
      De modo geral, as pessoas acabam se tornando aquilo que pensam ser, e, portanto, é necessário que tenham uma boa idéia de si mesmas, não se julgando inferiores, ignorantes, irrecuperáveis etc., sem reclamações nem lamúrias, acreditando que não têm forças nem capacidade para enfrentar suas jornadas.
      Pelos conhecimentos doutrinários, o Jaguar sabe que deve confiar em seus Mentores e em seus Guias, e não se deixa levar pela insatisfação, pelas fraquezas ou pela negatividade, superando suas dificuldades materiais e espirituais.
      Existem situações em que a energia mental sofre influências que determinam modificações no comportamento do indivíduo, acontecendo o que é chamado de estado alterado de consciência, mas diretamente ligado à natureza das emissões da energia mental:
  1. o não ser – em que a pessoa parece estar com a mente vazia, insensível e sem ação, quadro que ocorre em casos de histeria ou graves enfermidades mentais;
  2. despersonalização – a pessoa passa a se comportar estranhamente, como que transformada em outra, como acontece em casos de amnésia, obsessões e possessões;
  3. estados místicos – o ser supera o seu próprio EU e atinge planos superiores, ficando em êxtase, como na meditação, em que podem ser geradas ondas cerebrais no ritmo alfa, impossíveis de serem geradas com os olhos abertos, e, mais profundamente, em ritmo beta, características do sono, embora a pessoa esteja desperta e com toda a sua atividade cerebral normal;
  4. estados paradoxais – exemplificado pelo estado hipnótico, em que o ser, apático, se torna capaz de realizar atos específicos que jamais cometeria em seu estado normal.
Os transtornos mentais causados pelo desequilíbrio da energia mental são, também, rotulados em quatro grupos principais:
  1. esquizofrenia – A esquizofrenia é uma psicose que aparece, na maioria dos casos, em jovens, caracterizando-se por distúrbios de afetividade e demência precoce, causando freqüentes fenômenos de audição de vozes, visões e alucinações que, para a Ciência, têm origem apenas na mente transtornada.
    É a mais grave e mais freqüente psicose endógena, caracterizando-se pela dissociação da vida mental, que desagrega as associações de idéias, a afetividade e conduz a uma forma peculiar com autismo, ausências.
    Segundo o Dicionário de Psicanálise, de Elizabeth Roudinesco e Michel Plon (Jorge Zahar Editor), e Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise, de David E. Zimerman (Ed. 2001 da Artmed), é um termo cunhado em 1911 por Eugen Bleuler, para designar uma forma de loucura a que Emil Kraepelin dera o nome de “demência precoce”, e cujos sintomas fundamentais são a incoerência do pensamento, da afetividade e da ação, o ensimesmamento (ou autismo) e uma atividade delirante. Na Psiquiatria e na Psicanálise, o termo impôs-se para caracterizar, ao lado da paranóia e da psicose maníaco-depressiva, um dos três componentes modernos da psicose em geral. Freud usou a denominação de neurose narcisista – e também parafrenia – e considerava que a característica principal dessa psicopatologia psicótica consistia num desapego da libido do mundo exterior e sua regressão para o ego, diferentemente das neuroses, nas quais a libido é investida em objetos substitutos. Freud estabeleceu a diferença entre a esquizofrenia e a paranóia, mas sem se aprofundar nos transtornos esquizofrênicos.
    A Ciência fica confusa e se perde diante da maioria dos casos de esquizofrenia, pois os exames clínicos geral e neurológico nada acusam, bem como não se registram alterações na consciência e síndromes psico-orgânicas.
    A Engenharia Genética tem pesquisado a estrutura dos genes, concluindo que existe uma mutação que pode levar à esquizofrenia, geralmente associada à necessidade incontrolável de fumar.
    Para a Doutrina do Amanhecer, a esquizofrenia é resultante de um fenômeno de obsessão decorrente da mediunidade mal conduzida e não desenvolvida, desencadeando no sistema nervoso os mais perigosos fenômenos alucinatórios: vivências delirantes e alucinadas, desagregação do pensamento, dos sentimentos e da escala de valores, condutas discordantes, alterações do “Eu”, evoluindo para estados de deterioração da personalidade, com prejuízo predominante na vida afetiva e nas atividades.
    O Homem precisa ter consciência de seu tempo na Terra e no Astral, usando toda a sua sabedoria e sua força para trabalhar com amor, na Lei do Auxílio. No seu interior psíquico deve dar vazão à casualidade, superando os insultos que lhe podem transtornar a mente, lançando-o em infelizes estados alucinatórios que denominados esquizofrenia, gerando delírios e alucinações pela desorganização das idéias, misturando o real com o imaginário, geralmente provocada pela mediunidade mal conduzida;
  2. psicose – a perda da realidade, fazendo com que a pessoa se relacione com coisas e figuras existentes somente em seu imaginário.É o caso comum da epilepsia, cujo diagnóstico depende de várias perturbações tais como falsas percepções visuais, acústicas, olfativas, gustativas, com estado de consciência semelhante ao sonho e perda total de consciência, apresentando convulsões em diversas intensidades. Apresenta-se de forma generalizada ou em diferentes sucessões de tempo, e dependem da atividade súbita, rápida e excessiva das células do sistema nervoso central e se propaga de forma mais ou menos intensa pela rede dos centros nervosos. Não é considerada uma doença mas, sim, a uma disfunção ocasional do sistema nervoso central. Também sabemos que possa o ataque ser provocado pela projeção de forças de um espírito cobrador daquela vítima, aproveitando-se do possível enfraquecimento físico dela, em função de infecções, intoxicações, perturbações metabólicas, circulatórias e vasculares daquele plexo físico, embora, em muitos casos, não é possível um diagnóstico baseado em causa física;
  3. neurose – reprimido e com difícil relacionamento, o indivíduo assume posições rígidas e se sente carregado de culpas, criando resgates irreais para suas ações;
  4. psicopatia ou transtorno de personalidade psicopática – a pessoa adota comportamento irresponsável e antisocial, sem respeito às leis e aos costumes, buscando manipular os demais em seu benefício; e
  5. mecanismos de defesa – utilizados em alterações comportamentais para que o indivíduo resista a pressões internas e exteriores agindo em sua mente.
      Podemos orientar a projeção do pensamento. Se dirigi-lo a algum órgão do nosso corpo, este acabará sendo afetado pela energia produzida; o mesmo acontece para onde quer que dirijamos nosso pensamento.
      Pela ação do cérebro, compreendemos cada estímulo percebido por nossos sentidos e recebidos do extrasensorial, avaliamos cada um deles e agimos ou reagimos em função disto. Com essa carga, elaboramos nossos pensamentos e nossas idéias. Além desse trabalho, nosso cérebro armazena, pela energia mental, conhecimentos e sentimentos, formando nosso intelecto e nossa inteligência, fatores que nos distinguem dos demais reinos da Natureza.
      Pela Ciência moderna foi descrita a parte direita do cérebro como depósito dos nossos sentimentos, enquanto o conhecimento mais racional se acumularia na metade esquerda. Assim, nossa memória no hemisfério esquerdo seria factual – capacidade de guardar informações explícitas (rostos, fatos históricos, datas, mapas, etc.) – e, no hemisfério esquerdo, seria hábil, menos consciente e de origem transcendental, que nos permitiria praticar esportes, tocar instrumentos musicais ou desenvolver pendores artísticos.
      Os dois hemisférios são conectados por uma ligação esbranquiçada e brilhante, denominada corpo caloso, composto por mais de 200 milhões de fibras nervosas, cada uma com capacidade de transmitir 20 impulsos por segundo.
      Com a observação de muitos fenômenos investigados, chegou-se à conclusão de que as funções cerebrais estão organizadas por atos e não pela coordenação de movimentos musculares específicos, assim revelando que não existem diferenças tão nítidas nas atividades dos dois hemisférios cerebrais.
      Isso faz com que haja pessoas INTELIGENTES, porque têm um profundo sentido das interligações entre os estímulos, não se deixando levar por emoções negativas ou prejudiciais; as ESPERTAS, que são rápidas no raciocínio e na avaliação dos estímulos; e as CULTAS, que têm capacidade para guardar imensa quantidade de informações. De qualquer forma, existe uma diferenciação de indivíduo para indivíduo, o que resulta em uma fantástica combinação desses tipos, havendo pessoas inteligentes que não são espertas, espertos que não são cultos, etc. E essa diversidade não é característica da personalidade, e sim da individualidade, quer dizer, do espírito, e dependem muito do raciocínio, da inteligência e do intelecto.
      Quando o Homem consegue atingir o ponto máximo de sua consciência divina, a sua energia mental o torna com imenso poder sobre a matéria, podendo realizar um grande número de manipulações no mundo material que poderiam ser denominadas como verdadeiros milagres. Pelo elevado potencial da energia mental conseguimos a realização de muitos fenômenos que, por seu envolvimento e interferência na natureza da matéria, podem modificar muitos quadros – para o Bem ou para o Mal, de acordo com nosso padrão vibratório. Nossa preocupação deve ser a de agirmos sempre dentro da Lei Crística e não nos deixarmos levar pela mente humana.
      Pelos séculos, através das reencarnações, vamos evoluindo através do padrão de nossa energia mental. A energia mental é proporcional e relativa às condições do Sol Interior, isto é, sua composição energética e seus instrumentos são de conformidade com o estado em que o ser se encontra, ou seja, encarnado, desencarnado ou Espírito de Luz.
      Enquanto o Sol Interior é o centro fisiológico, onde se elaboram as mais variadas funções do Homem, onde se entrelaçam os diversos campos vibratórios que determinam as condições de estar sendo daquele indivíduo, exclusivamente, a mente é o centro de controle, onde as comunicações e sensações são recebidas, avaliadas, armazenadas e emitidas – impulsos e projeções em ondas cujos padrões vibratórios indicam sua origem.
A emissão do pensamento se faz através de sete figuras:
  • antítese – avaliação da oposição entre duas idéias;
  • apóstrofe – interpelação direta e inopinada;
  • eufemismo – atenuação da expressão para torná-la mais agradável;
  • hipérbole – engrandecimento ou diminuição exagerada da realidade;
  • ironia – expressar o contrário do que se está pensando ou sentindo, com intenção depreciativa ou sarcástica em relação aos outros;
  • prosopopéia – dar vida a coisas inanimadas, falar por pessoas mortas ou ausentes e dar voz aos animais; e
  • retificação – tornar correta, endireitar, alinhar idéias e emendar-se.
      
       Uma vez recebidas e interpretadas pelo raciocínio, as mensagens são assimiladas conforme a capacidade relativa às heranças registradas no centro coronário de cada um.
      O Sol Interior é estrutural e trabalha na base do plexo inconsciente. A mente é funcional, operando na base da consciência. Por isso, há que se fazer a permanente busca do equilíbrio emocional, aprimorando nossos sentimentos, dentro do princípio de que o quociente de inteligência está intimamente ligado ao quociente emocional.
      Temos que cultivar o bom humor, as emoções positivas, uma vez que esses são sentimentos que ajudarão nosso cérebro a funcionar de forma construtiva e agradável. Se nos deixarmos levar pela irritação, pelos maus impulsos, pelas agressões e pelas reações negativas, estaremos desequilibrando nosso estado emocional, uma vez que o cérebro funcionará de acordo com a nossa vontade e estará gerando resistências a esses sentimentos, o que cria tristezas e emoções negativas.
      Em termos de assimilação e emissão, a energia mental é um fenômeno vivo de improvisação, alterando e recompondo todas as energias do Homem, modificando, a cada momento, seu estado vibracional, imediatamente refletido na aura. Os maus pensamentos do Homem criam ao seu redor uma atmosfera fluídica impura, que favorece a ação de influências negativas. Porém, quando o Homem se reveste de nobres aspirações torna-se receptor de vibrações benéficas, principalmente quando sua energia mental se concentra na emissão de uma oração e se deixa conduzir por emoções profundamente positivas, como o amor e a compaixão.

      Em estudos recentes, realizados pelo neurologista Andrew Newberg, usando a tomografia cerebral, ele concluiu que: “a longo prazo, há alterações no lobo frontal (relacionado à memória e à regulação das emoções) e no sistema límbico (ligado às emoções). As pessoas tendem a conseguir controlar mais suas emoções e expressá-las. A meditação e a oração ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Também especulamos que essas práticas alteram, inclusive, a química cerebral, como os níveis de serotonina e dopamina, que regulam nosso humor, nossa memória e o funcionamento geral de nosso corpo, mas ainda não temos provas disso.”
      Todo ser humano pensa, e isto faz com que exista um relacionamento permanente entre as pessoas, que independe de se conhecerem ou de se relacionarem no plano físico ou social.
A Doutora Cosete Ramos ensina sete máximas fundamentais para o sucesso na vida, tanto no lar como na sociedade, pela disciplina da nossa energia mental:
ÁGUA – É preciso água para que o cérebro funcione. Não é só o corpo que precisa de água. O cérebro, para realizar uma série de processos, precisa de água.
MOVIMENTO – É preciso se movimentar, porque as pessoas precisam de oxigênio, que é o maior alimento do cérebro. Por isso eu sugiro, no meu livro, que as pessoas levantem o bumbum da cadeira e se mexam. De hora em hora, no trabalho, o ideal é a pessoa levantar, tomar água, se espreguiçar, bocejar, porque o corpo necessita desse tipo de coisa para funcionar bem. Tem gente que passa sete horas no trabalho, sem se levantar. É uma pena, porque o corpo cansado é igual a um cérebro cansado. Há uma perfeita unidade entre corpo e cérebro. As pessoas ainda não atinaram com relação a isso.
ALIMENTAÇÃO – Os estudos são conclusivos com relação à alimentação. Há um pequeno ditado, que considero resumir tudo: “Tome um café da manhã de rei, almoce como príncipe e jante como um plebeu”.
SONO – O sono é um dos momentos mais importantes do dia. Eu lamento que, quando se diz isso para jovens, eles não acreditam. O bom são sete horas de sono. Tudo que aprendemos de dia, o cérebro processa à noite, no sono, como de fosse uma aula. É um momento da maior importância. Estes quatro primeiros pontos são os principais para a saúde do corpo.
PENSAMENTO POSITIVO – Enfrentar os dias com pensamento positivo… Nada é tão ruim ao ponto de lhe angustiar pela vida inteira se você não deixar. É fundamental encher o cérebro de positividade.
AFETO – Uma das coisas mais bonitas que estamos resgatando no século XXI é o afeto humano. O tamanho do sucesso e da felicidade vai depender da rede de relações do indivíduo. O século XX foi um século muito racionalista, de uma sociedade muito industrial, muito pouco emocional. Não havia espaço para expressar emoções. Hoje, a empresa moderna abre espaço para as emoções. Há um resgate da característica humana.
DESAFIO – É essencial trazer novidades ao cérebro. O córtex cerebral adora uma novidade, um desafio. Isso é relacionado ao talento. As empresas estão em guerra de talentos porque, hoje em dia, o que leva adiante é a inovação, que está no cérebro humano. O cérebro adora ser desafiado para criar o novo, o diferente, algo que não tenha sido feito.
 
      Há métodos para utilização da energia mental, da força vital mental de forma objetiva. Vamos alterar nossa noção de vitórias na nossa jornada, entendendo que isso a que chamamos vencer na vida não pode ser restrito a uma visão puramente profissional de nossos esforços. Temos que entender que, na realidade, nossa vitória deve envolver os objetivos de nossa inteligência, que nos conduz à vitória como ser humano, fator básico para nossa realização profissional.
      Além de procurarmos ter nosso cérebro em repouso, o que acontece normalmente à noite, quando proporcionamos a nós mesmos o nosso momento mágico para a criatividade, sem críticas ou anteparos, recebendo, na plenitude, tudo o que nosso cérebro nos traz, há também necessidade de repousarmos a mente, através de relaxamentos e da meditação, buscando o revigoramento e reforço da energia mental. Uma dessas formas de revigoramento cerebral é fazer exercícios respiratórios, visando aumentar a receptividade da pessoa aos impulsos de sua alma, apenas por alguns minutos por dia: em posição confortável, inspirar suavemente pelo nariz, fazendo contagem até 7 segundos, e expirar pela boca por 10 segundos, ao fim dos quais sopra fortemente os resíduos do ar.
      Atualmente, muito se fala da morte cerebral, atestada pelos médicos ante a situação de ausência completa e irreversível de todas as funções e reflexos do cérebro, ficando paralisados os músculos e a expressão facial, sem reações a estímulos sonoros ou luminosos, cessam a respiração espontânea e o sistema cardiovascular, estágio em que a Ciência declara extinta a vida e como sendo o momento de serem transplantados os órgãos daquela pessoa.
      Todavia, não se sabe o momento exato em que se extingue a emissão da energia mental, embora relatos de desencarnados nos levam a crer que, quando no estágio de morte cerebral, o espírito já se desligou da matéria.
      Essa morte cerebral não deve ser confundida com o estado de coma, em que, de acordo com o nível do prejuízo de seu funcionamento cerebral, são apresentadas dificuldades para comunicação e reflexos da pessoa, mas não se sabe ainda até que ponto está prejudicada sua energia mental. Há casos graves, que terminam com a morte cerebral, mas, em muitos outros, embora se apresentem perigosamente aprofundados, existe a recuperação plena, e até mesmo sem seqüelas, do paciente.
      Nestas faixas de estado de coma é que, de modo geral, ocorrem os fenômenos de retorno de espíritos que chegaram nas fronteiras do após morte, e retornaram, mantendo intacta sua energia mental e relatando as experiências pelas quais passaram.
      Uma outra conseqüência do coma, quando em nível profundo mas não fatal, é o cessar de toda a atividade do córtex cerebral, transformando a pessoa em um ser imobilizado e sem reações aparentes, em estado vegetativo, que é objeto de muitas pesquisas e estudos, porquanto não há como precisar até que ponto a energia mental consegue ser emitida ou alimentar as sensações e os sentimentos do paciente.
PEQUENAS OBSERVAÇÕES SOBRE A ATIVIDADE MENTAL
      Estas informações foram incluídas para, de forma simples e objetiva, enriquecer o conhecimento dos mestres, especialmente Doutrinadores, facilitando a identificação e diferenciação de sintomas físicos daqueles que são provocados por ações espirituais. Todavia, vale lembrar que, em muitos casos de obsessão, os aspectos podem se confundir e é preciso que o Doutrinador seja muito sagaz e sensível para detectar a realidade.
ESCLEROSE MÚLTIPLA – A EM é uma doença do sistema nervoso central que interfere ou interrompe o fluxo das mensagens elétricas através dos nervos para as várias partes do corpo, atuando no controle dos nossos movimentos conscientes ou inconscientes. No sistema nervoso existem as bainhas de mielina, uma membrana lipoprotéica que protege os nervos, e que, pela esclerose múltipla, são destruídas, tornando-se tecido esclerosado, distorcendo e até mesmo bloqueando o fluxo das mensagens, que não passam de forma correta, até mesmo indo para outras áreas. Isso provoca uma série de conseqüências imprevisíveis e sérias, suaves, moderadas ou severas:
  • Intensa fadiga;
  • Alterações na visão: visão dupla, turvação, dor ocular e até a perda total da visão;
  • Fraqueza muscular nos braços e nas pernas, dificuldade de andar e rigidez muscular;
  • Alterações no senso de equilíbrio, na fala (lenta, arrastada) e na deglutição;
  • Sensação de formigamento em alguma parte do corpo e alteração da sensibilidade;
  • Dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
     
NEUROPEPTÍDEOS – Em sua obra “Common Sense Healt and Healing”, o Dr. Richard Schulze alerta para o fato de que nossa maior preocupação com a defesa de nosso organismo não é a que devemos ter contra micróbios, bactérias e outros causadores de nossas enfermidades. Devemos, sim, ter cuidado com nossos pensamentos e nossas palavras a cada momento, gerados pelo nosso cérebro. E o melhor remédio para essa defesa é o AMOR!
Nosso cérebro é um fantástico computador que comanda todas as atividades do nosso corpo, criando, automatizando, regulando, equilibrando e mantendo todo o nosso organismo, a cada momento do dia e da noite.
      Quando se tem um pensamento, o cérebro produz substâncias que abrem como que janelas para atuação dos sentimentos. Quando o pensamento é concluído, a janela se fecha.
      As diversas e múltiplas situações por que passamos, desde alegrias até os dramas, a angústia, o medo e perigos de diferentes naturezas, fazem com que o cérebro produza substâncias específicas – os NEUROPEPTÍDEOS.
      Esses neuropeptídeos vão ser depositados nas membranas que envolvem os linfócitos, células do nosso sistema imunológico que defendem o corpo de todas as enfermidades e invasores e têm compartimentado, em sua membrana, um sistema de descarga de defesa.
      Já está comprovado que nosso cérebro comanda o sistema imunológico pela natureza e pela força de nossos pensamentos, sendo que nisto reside a fonte precursora de nossas doenças. Assim, nosso padrão vibratório é que gera enfermidades, por conseqüência de raivas, revoltas, mágoas, estresse e outras cargas negativas que irão se acumular no órgão que estiver mais fraco e vulnerável.
      O sistema imunológico não só escuta, mas reage de acordo com o nosso pensamento a esta faixa emocional. Por isso a resposta do nosso organismo aos germes patológicos ou ofensas físicas ou morais varia na medida em que estivermos fortalecidos ou debilitados pelo amor por nós mesmos, esse amor que dará forças ao nosso sistema imunológico para nos defender e para nos manter saudáveis.
      Dessa forma, a resposta do nosso sistema imunológico está condicionada à natureza do nosso pensamento. Tudo o que fizermos ou deixarmos de fazer gera conseqüências físicas, em função dos neuropeptídeos que iremos produzir.
      Portanto, ame a si mesmo e viva positivamente! Lembre-se de que nossa Mãe Clarividente sempre nos alertou para o fato de que nosso padrão vibratório é a nossa sentença!…
NEUROPLASTICIDADE – A partir do início do Século XXI começaram as investigações científicas sobre o funcionamento do cérebro, uma vez que, até então, a maioria dos neurologistas acreditava que os neurônios, a partir de uma certa idade, no ser humano, não se renovavam e iam diminuindo de forma inexorável, prejudicando todas as funções cerebrais.
      Destacam-se várias pesquisas no campo da Neurociência, baseadas na teoria de que a atividade mental continuada faz com que o cérebro melhore com a idade e enriqueça a sabedoria.
      Na Universidade de Londres, pesquisando voluntários motoristas de taxi que se submeteram aos exames, os neurologistas verificaram que eles haviam desenvolvido o hipocampo – região importante para a memória espacial – muito mais do que as demais pessoas que serviram como itens de comparação. Verificaram, ainda, que a capacidade de memorizar ruas e caminhos não diminuiu com o passar dos anos e, pelo contrário, aumentava.
      Em 2002, cientistas alemães descobriram esse mesmo efeito nos cérebros de músicos, atuando na área do córtex cerebral importante para processar a música.
      Em 2004, o Instituto de Neurologia de Londres os mesmos resultados na circunvolução angular esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem, no cérebro de pessoas que estudavam e praticavam o uso de diversos idiomas.
      Mais recentemente, em 2008, pesquisas lideradas pelo neurologista Elkhonon Goldberg, da Universidade de New York, demonstraram alguns pontos importantes para a nova visão das atividades cerebrais, que foi denominada como NEUROPLASTICIDADE, concluindo:
  • os seres humanos continuam criando novos neurônios ao longo de toda a sua vida;
  • a capacidade para a criação de novos neurônios pode ser aumentada mediante ampliação do esforço mental;
  • os efeitos são específicos, dependendo da natureza da atividade mental, e os novos neurônios se multiplicam com especial intensidade em diversas zonas cerebrais;
  • os novos neurônios vão ficar na área do cérebro que for mais usada.
      Concluiu-se que a atividade pode melhorar a mente do indivíduo, o que demonstra a importância de se manter uma intensa atividade mental enquanto envelhecemos. Assim como o exercício físico amplia de forma positiva nossa saúde física, cardiovascular, o exercício cognitivo protege nossa saúde mental, constituindo-se em importante fator de proteção contra a demência e a senilidade.
      Observou-se que o cérebro das pessoas idosas não degeneram e, sim, têm uma evolução particular, de acordo as atividades realizadas, o que torna essas pessoas mais sábias quando chegam à velhice.
      Vamos sempre lembrar que as forças que imobilizam o corpo não são tão perigosas quanto aquelas que imobilizam a mente. (Veja: Concentração, Mecanismo de Defesa, Meditação, Mentalização, Percepção e Reflexão)
TRANSTORNO BIPOLAR – ou TB, é uma doença que se caracteriza pela alternância do humor, com estados de euforia ou mania e de depressão, intercalados por estados de normalidade, e que, de modo geral, se manifesta entre os 20 e 40 anos, tendo a maior incidência da fase maníaca entre os homens e a depressiva entre as mulheres. Até o momento – jan/2010 – ainda é pesquisada a causa exata da doença, embora os cientistas opinam pelo desequilíbrio das substâncias químicas no cérebro, especialmente da norepinefrina e da serotonina. As vítimas do TB colocam em risco a si mesmas e aos que estão ao seu redor, principalmente seus familiares, porque agem por impulsos e não têm consciência de suas ações.
As principais características dos três grupos de vítimas do TB são:
  • MANÍACA ou EUFORIA:
    • Humor continuadamente elevado, expansivo, irritabilidade, impaciência, tagarelice e pensamento acelerados;
    • Desinibição exagerada, comportamento inadequado e, nos casos graves, delírios e alucinações;
    • Autoestima exarcebada, idéias de grandeza e otimismo exagerado, com ótima opinião sobre si mesmo;
    • Sentir-se muito importante e bem conceituado, com falta de senso crítico;
    • Ter insônia ou ter pouco sono;
    • Tornar-se facilmente distraído e, com grande produtividade, iniciar muitas atividades sem concluí-las;
    • Ficar muito agitado, agressivo ou nervoso, chegando a idéias de suicídio;
    • Faz gastos excessivos e desnecessários, comprometendo seu equilíbrio econômico;
    • Total descontrole, com abuso de diversões, de álcool e de drogas e de sexo sem proteção.
  • DEPRESSIVA:
    • Humor depressivo, irritabilidade e angústia, desânimo e falta de energia (pelo menos por duas semanas);
    • Apresentar dificuldades de expressão da fala e precisar grande esforço para fazer as coisas;
    • Apatia, desinteresse ou falta de motivação para atividades que, antes, eram agradáveis;
    • Sentir medo, desesperança, desespero, vazio, insegurança, em forças para fazer as coisas de que precisa;
    • Baixa autoestima, pessimismo, sentimentos de culpa, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou suicídio;
    • Movimentar-se muito lentamente e ter sensação de inutilidade, com dificuldade de prestar atenção;
    • Não ter interesse em atividades de lazer, no trabalho ou no lar, inclusive queda no desempenho sexual;
    • Perda ou aumento do apetite, com perda ou ganho do peso corporal;
    • Diminuição das horas de sono, despertando cedo, ou aumento anormal do sono;
    • Males não justificados, com dores e outros sintomas físicos (dor no corpo, cefaléia, pressão no peito, etc.);
    • Falta de concentração no trabalho ou nos estudos, dificultando o aprendizado;
    • Delírios e alucinações em estados mais graves.
  • MISTA:
    • Apresenta, misturados, alguns sintomas da euforia e da depressão, em variadas participações.
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