Oração - Acervo Koatay 108

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Oração

               
      A ORAÇÃO é uma manifestação da religiosidade do Homem e difere da prece por ser geralmente espontânea e nascer no âmago de nosso ser, do pensamento bem direcionado e portando vibrações altamente positivas, enquanto a prece obedece a palavras e chaves pelas quais buscamos forças para um trabalho ou ritual.
      Pela oração invocamos a Espiritualidade Maior, agradecendo pelo que nos foi concedido ou pedindo ajuda para nós ou para alguém ou algum espírito que está necessitado da força de uma oração, até mesmo um recém-desencarnado, que será atingido pelas vibrações superiores, alterando para melhor sua vibração mental.
      A oração é a busca de Deus e precisa ser feita do fundo do coração, não precisa de muitas palavras e nem de qualquer encenação para alcançar a Divindade e gerar uma grandiosa força que ajuda a aceitação de situações difíceis de forma equilibrada e boa.
      Excluindo-se as orações ritualísticas – geralmente preces –, devemos evitar as orações memorizadas ou proferidas mecanicamente, sem sentimento ou com a atenção posta em outra direção.
      Um médico – Alex Carrel, Prêmio Nobel de Medicina – mente científica porém consciente do lado espiritual do Homem, escreveu: “A oração não é apenas um ato de culto. É, também, uma visível emanação do espírito de adoração do Homem, a forma de energia mais poderosa que ele é capaz de gerar. A influência da prece sobre o corpo e sobre o espírito é tão susceptível de ser demonstrada como a das glândulas secretoras. Os seus efeitos podem ser medidos em termos de resistências físicas aumentadas, em maior vigor intelectual, em vitalidade moral e em uma compreensão mais profunda das realidades nas quais assentam as relações humanas. Se vos afizerdes ao hábito de orar com sinceridade, vereis como a vossa vida se modificará profundamente. A oração marca, com sinais indeléveis, as nossas ações. Uma tranquilidade de atitude, um estado efetivo de repouso que transparece na fisionomia são, em geral, observados em todos os que enriquecem com tais poderes a sua vida íntima. A oração é tão real como a gravidade terrestre. Na minha qualidade de médico, tenho visto enfermos que, depois de tentar, sem resultado, os outros meios terapêuticos, conseguiram libertar-se da melancolia e da doença pelo sereno esforço da oração.(…)Só na oração realizamos aquela completa e harmoniosa conjugação de corpo e espírito que dá à fraca argila humana sua solidez inabalável. Toda vez que nos dirigimos a Deus, melhoramos de corpo e alma.”
      O Homem sincero e piedoso quando ora, mesmo em público, está a sós com Deus.
      A oração deve ser feita com consciência, com a porta fechada, como nos disse Jesus, isto é, neutralizando nossos sentidos para que toda nossa atenção esteja concentrada na oração.
      Jesus nos ensinou a necessidade da oração: a espontânea, para um contato individual com o Pai, e a ritual, inserida numa Lei; a oração de júbilo, de louvor e de ação de graças e a oração nos momentos de amargura, de súplica ou de reparação; oração na presença de outras pessoas ou a oração na solidão. Antes de produzir qualquer fenômeno, Jesus orava.
      Em Mateus (VI, 5 a 13), trecho do Sermão da Montanha, encontramos a orientação de Jesus: “E quando orardes não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos Homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu aposento e, fechada a porta, ora a teu Pai secretamente. E teu Pai, que vê o que é oculto, dar-te-á a recompensa. E quando orardes, não faleis muito, como os gentios, pois julgam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não queirais portanto parecer-vos com eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes que vós lho peçais. Assim, pois, é que vós haveis de orar: ‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome. Venha a nós o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso supersubstancial dá-nos hoje, e perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos deixes cair em tentação, e livra-nos do mal. Amém.”
      Esse mantra universal, com pequenas alterações, contém todos os aspectos essenciais, tudo o que precisamos de nosso Pai Celestial, por entendemos como “pão nosso” as forças naturais e sobrenaturais que necessitamos para nossa evolução.
      Também é expressada a condição para obter nosso perdão divino: perdoarmos àqueles que nos ofenderam. E pedimos ajuda para que possamos resistir às inevitáveis tentações, que são oportunidades úteis para nossa evolução, para testar nossa consciência e nossa perseverança no Bem e na conduta doutrinária, mantendo-nos alertas.
      Conselho do Divino e Amado Mestre: ORAI E VIGIAI!
      Na Doutrina do Amanhecer muito usamos o Mantra Universal – o Pai Nosso – e a Oração de São Francisco, esta nos trabalhos de libertação, além das nossas próprias preces e orações.
      Assim, devemos ter cuidado com a emissão das PRECES, para a precisão e oportunidade da movimentação das energias no momento próprio. Nas leis e ensinamentos da nossa Doutrina, tudo está colocado em seus devidos lugares, e não nos cabe a alteração das instruções emanadas da Espiritualidade Maior, como já vem acontecendo, com introdução de preces em momentos que não são propícios para aquele momento de manipulação.
      Quando fazemos uma prece, nosso cérebro ativa partes específicas, como, em pesquisas, mostrado por espectros da tomografia. A prece atrai para o nosso plexo a energia celestial, o auxílio espiritual necessário à recuperação do nosso equilíbrio físico e mental. Não tem uma forma fixa para ser emitida, isto é, pode ser feita de pé, de joelhos, de olhos abertos ou fechados, em voz alta ou em silêncio. O importante é que haja sinceridade e confiança na sua emissão, porque aquele é um momento de amor vibracional, de esperança e transparência de sentimentos. Uma prece bem emitida consegue alcançar o sentimento de um espírito sofredor.
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