Sabedoria - Acervo Koatay 108

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Sabedoria

               
      A sabedoria é uma forma superior de conhecimento, isto é, uma análise e avaliação da sensibilidade das ações que sofremos, no nosso Ego material, e filtradas para o Eu espiritual, resultando nas ações e reações mais harmoniosas e melhor direcionamento de todas as atividades do Homem. É composta por duas naturezas:
a) infusa, trazida pelo espírito que vai reencarnar, dentro da parcela que lhe for permitida pela Espiritualidade Maior, pois uma grande parte é “apagada” no sono cultural; e
b) adquirida, através do desenvolvimento e conhecimentos no campo dinâmico – intelectual, filosófico e religioso.
Uma postura diante dos fatos que pode melhorar a nossa carga mental e filtrar os nossos arquivos cerebrais é adotar um sistema preliminar, com três passos iniciais, que consiste em:
1º) Verificar se a informação é verdadeira ou falsa. Se falsa, recuse-a.
2º) Se verdadeira, classifique-a como positiva ou negativa, isto é, se seu conteúdo é de natureza boa ou ruim. Se for ruim, recuse-a. Se for boa, passe ao terceiro filtro:
3º) Analise se seu conteúdo é útil ou inútil e, então, só se preocupe com a que for útil.
      Podemos, dessa forma, descartar muita coisa que só serviria de entulho em nosso cérebro, sem qualquer serventia para ampliar nossa sabedoria.
      Geralmente, a sabedoria é mais proveniente da experiência transcendental do que de conceitos, e por isso independe de graus de cultura ou de intelectualidade. Há que se ter cuidado com aqueles que se julgam sábios e se tornam escravos de suas próprias ideias, tornando-se perigosos e incapazes de realizar alguma coisa. Um Homem que forma sua sabedoria de forma unilateral torna-se pleno de complexos e complexidades, artificial e desalinhado da Verdade, sempre vendo malícia e perversidade em tudo. Mas aquele que baseia sua sabedoria na experiência profunda e vasta é reto, simples e benévolo, de atitudes firmes e retilíneas, sem malícia, não se escandaliza, achando tudo natural e puro. De modo geral, pertencem à primeira classificação aqueles que desbravam o Universo, enriquecendo seus conhecimentos, mas ignorando a si mesmos. Já os da segunda classificação conhece a si mesmo, aprende a utilizar os conhecimentos transcendentais e as leis da Espiritualidade, conhecendo progressivamente a si mesmos e a alma universal.
      Francisco de Assis disse: “Os que somente desejam saber palavras estão mortos pela letra. Eles querem ser considerados mais sábios que os demais para adquirir, assim, riquezas e dá-las a seus parentes e amigos. Estes são os que estão mortos pela letra, e não desejam praticar o espírito, mas, sim, buscam somente as palavras para explicá-las aos outros. Estão vivificados pelo espírito os que não atribuem a si mesmos nenhuma sabedoria, mas, sim, os que, com as palavras e o exemplo, demonstram que a sabedoria é de Jesus, a quem pertence todo o Bem!”
      O sábio pode ser encontrado nos mais diferentes estratos sociais e nas mais diversas etnias, manifestando sua sabedoria de modos diferentes, mas irradiando, sempre, sua intensa ligação com os preceitos divinos.
      Quando o Homem se der por satisfeito e feliz, por sua sabedoria irá desvendar novos horizontes.
      Pela Biologia atual foi descrita a parte direita do cérebro como depósito dos nossos sentimentos, enquanto o conhecimento mais racional, o intelecto se acumularia na metade esquerda. Isso faz com que haja pessoas INTELIGENTES, porque têm um profundo sentido das interligações entre os estímulos; as ESPERTAS, que são rápidas no raciocínio e na avaliação dos estímulos; e as CULTAS, que têm capacidade para guardar imensa quantidade de informações. De qualquer forma, existe uma diferenciação de indivíduo para indivíduo, o que resulta em uma fantástica combinação desses tipos, havendo pessoas inteligentes que não são espertas, espertos que não são cultos, etc.
      E essa diversidade não é característica da personalidade, e sim da individualidade, quer dizer, do espírito. Através das reencarnações, vamos evoluindo através dos séculos pelo padrão de nossa energia mental, e essa sabedoria está sempre com o espírito, através das reencarnações.
      Há métodos para utilização dessa energia de forma objetiva.
No Talmude, doutrina e jurisprudência da Lei Mosaica, encontramos o que torna o Homem um sábio:
Ele não diz em primeiro lugar a sua opinião quando na presença de uma pessoa mais importante;
Nunca interrompe a quem fala;
Não responde fora de hora nem sem reflexão;
Formula perguntas e respostas cabíveis no caso;
Discute os assuntos pela ordem e um só de cada vez;
Quando ignora um tema, admite sua ignorância; e
Reconhece haver errado quando erra.
     É interessante verificar o quanto estão diferentes as novas gerações, e me parece que Pai Seta Branca ao nos advertir para modificações a partir de 1984 estava se referindo à condição dos espíritos que reencarnariam a partir daquela época, pois podemos notar como, desde o nascimento, parecem tomar melhor conhecimento de tudo que os rodeia, sendo as crianças de hoje muito mais espertas e sábias do que as de gerações anteriores. Podemos ver, no panorama global, o surgimento de uma onda de crianças superdotadas, em todas as partes do planeta, que nos fazem acreditar em profundas modificações na Humanidade quando esses espíritos encarnados tomarem suas posições de liderança em suas respectivas sociedades e em organismos multinacionais para a melhoria das condições da Terra.
     Segundo a Professora Denise de Souza Fleith, do Instituto de Psicologia da UnB, “é importante ressaltar que os indivíduos superdotados não constituem um grupo homogêneo em termos de características individuais, emocionais e sociais. Entretanto, algumas características são mais frequentemente encontradas neste grupo, tais como:
desenvolvimento precoce da linguagem;
vocabulário avançado para sua idade;
habilidades de leitura e escrita em tenra idade;
curiosidade generalizada;
ritmo de aprendizagem rápido;
interesses diversificados;
grande poder de concentração;
boa memória;
habilidade de gerar ideias originais;
grande bagagem de informações sobre temas de interesse;
preferência pelo trabalho individual e independente;
persistência em todas as suas atividades;
perfeccionismo na realização de suas tarefas;
exacerbado senso de justiça;
refinado senso de humor;
tendência a questionar regras e autoridade;
paixão por aprender as mais diversas matérias;
alto nível de energia envolvida na realização de suas atividades.
      De tudo isso podemos deduzir que, na verdade, não é só um aspecto individual ou físico que caracteriza uma criança superdotada, mas, sim, a formação de um plexo diferente, com a predominância da natureza espiritual, que se manifesta pelas atividades que lhe fazem diferente na escola, na família e na sociedade.
      Essa deve ser, também, nossa preocupação com o desenvolvimento mediúnico das crianças e dos adolescentes de hoje, quando não mais podem prevalecer nossas preocupações e cuidados dispensados aos jovens de ontem.
      Um pedido a Deus, de origem atribuída a Francisco de Assis, é digno de toda nossa atenção: “Concedei-nos, Senhor, serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos, e sabedoria para distinguirmos umas das outras.”
      Galileu nos ensinou: “A maior sabedoria que existe é conhecer a si mesmo!”
      Emmanuel psicografou: “Entre a ciência humana e a sabedoria espiritual sempre existiu considerável distância. A primeira é filha do labor inquieto e transitório do Homem. A segunda é filha das grandes e abençoadas revelações das almas. Nas primeiras sobram as dúvidas amargosas e as hipóteses falíveis. Na segunda sobram as grandes e eternas esperanças do coração no iluminado ideal da vida superior.”
Na História da Humanidade existem sábios que ficaram célebres por suas obras e pensamentos, havendo um destaque especial, principalmente por conta das origens do Jaguar, para os SETE SÁBIOS DA GRÉCIA ANTIGA:
SÓLON – Notável filósofo e estadista, fundou a democracia ateniense, redigindo a primeira Constituição de Atenas. Morreu em 558 a.C., com a idade de 82 anos;
MISON – Legislador e filósofo, ensinou aos atenienses noções básicas da essência da Vida. Morreu no exílio, no ano 620 a.C.;
TALES DE MILETO – Filósofo, astrônomo e matemático, fundou a Geometria das linhas e estabeleceu o ano com 365 dias. Sábio em Astronomia, forneceu as primeiras descrições da forma da Terra e, em 585 a.C., previu a ocorrência de um eclipse do Sol. Com 92 anos, morreu em 548 a.C.;
BIAS – Destacou-se como jurisconsulto e filósofo, ajudando o povo em suas causas reivindicatórias justas. Em Priene, sua terra natal, morreu no Século IV a.C.;
CLEÓBULO – Um grande pensador do Século III a.C., que sabia penetrar com segurança no segredo das coisas mais obscuras.
QUILON – Filósofo e estadista de elevada e talentosa capacidade, é considerado como um dos gênios mais notáveis da Grécia antiga. Morreu, acometido por colapso cardíaco, ao beijar seu filho, vencedor dos jogos olímpicos. Nasceu em Lacedemônia, na Grécia, no Século IV a.C.; e
PÍTACO – Grande estadista e hábil político, governou os atenienses com sábia legislação. Nasceu em Mitilene no Século VI a.C., e, com 72 anos, morreu em Atenas.
“Senhor, concede-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que eu posso, e sabedoria para perceber a diferença!…” (São Francisco de Assis)
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